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Paraíso

BRIGADEIROS

Lori
de Paula Gelly

Âncora 1
Story

Lori, uma jovem executiva bem sucedida acidentalmente se tranca para fora de seu apartamento.
Quando ela manda fazer seu novo molho de chaves no chaveiro de sua vizinhança, ela descobre que não apenas a porta está trancada, mas todo o seu ser.

 

 

Impossível reconhecê-los, ela os reprime ferozmente.

Uma mulher de 38 anos, bonita e bem educada movida pelas suas ambições profissionais e pela vontade de progredir.

Trancada pra fora de seu apartamento ela vai ate o chaveiro fazer copias para sua porta. Ao se deparar com o chaveiro, ela encontra profundidades perturbadoras dentro de si mesma - a agonia ao encontrar o belo. Ela se vê dominada por seus desejos íntimos que se opõem a sua educação rígida de disciplina e perfeição.

 

Como no livro de Thomas Mann (e no filme de Luchino Visconti) Morte Em Veneza – Lori, a personagem encontra uma profundidade em si mesma quando encontra o chaveiro que ela não consegue sustentar.

Ela vê nele o reflexo da beleza eterna, do ideal que sempre perseguiu – algo absolutamente irresistível  – ela se vê moralmente desarmada diante da imagem perfeita.

“Ele era mais bonito do que as palavras podiam exprimir, sentiu dolorosamente, como tantas vezes antes, que a linguagem pode apenas louvar, mas não reproduzir, a beleza que toca os sentidos. (...) E, transbordando de emoção, tremendo repetidamente, segredou a formulação tradicional do desejo - impossível, absurda, abjecta, idiota mas sagrada, e mesmo neste caso honrada: "Amo-te!"“

Thomas Mann – Morte em Veneza.

Essa experiencia de impacto e desarme tambem foi definida pelo psiquiatra suíço Carl Gustav Jung  (26 July 1875 – 6 June 1961) como “Participation Mystique" que denota uma “morte do ego” por uma identificação com o coletivo.

Director's Statement

Esta é uma obra que fala sobre os extremos de nossa civilização e como ela continua nos ensinando a violar nossa verdade interior e o instinto mais forte em nós humanos: o instinto de preservaçåo da especie.

Para nos conformarmos com a nossa sociedade, sem nos darmos conta, cometemos violências estranhas, mas precisas, contra nós mesmos e com os outros.

 

Lori é o produto de nossa civilização.

Ela representa não apenas as mulheres, mas todo ser humano que se trancou para pertencer a uma sociedade brutalmente competitiva.

 

Conformismo: a semente de qualquer tipo de movimento fanático, do nazismo ao terrorismo.

A crise financeira e política, a agressividade da mídia social e propaganda, os preços insuportáveis das grandes cidades, a ditadura da beleza e da juventude, a saturação da informação - tudo está contribuindo para um modo de vida robótico, conformado desesperado, roubando-nos a satisfação real e simples.

 

Lori representa todos nós.

Bios
Nascida e criada em São Paulo, Brasil.
 
Começou a tocar violão aos 11 anos. Aos 17 foi para Los Angeles estudar Teatro e Dança. Aos 18 anos, ganha uma bolsa de estudos no The Alvin Ailey Dance Center, em Nova York.
 
De volta ao Brasil, estuda atuação no Grupo Tapa e Canto na Universidade de Música Tom Jobim. Atua em musicais da Broadway como Fosse, Sweet Charity e Chicago. Através da Ford Models São Paulo participa de diversos comerciais no Brasil e na Europa. Estabelece parcerias com fotógrafos e diretores.
 
Em 2008 vai a Seattle liderar o espetáculo "A Rosa do Rio", no Teatro Zinzanni.
 
Em 2009, mudou-se para Los Angeles sua atual residência, onde estudou artes dramaticas e cinema sob a direção de Arthur Mendoza (Stella Adler Technnique) - participando de mais de 30 peças, incluindo sonetos de Shakespeare e filmes independentes.

 

Em 2016 - transforma em um roteiro a fábula que escreveu "A História da Menininha Que Amava Borboletas" - produz, dirige e atua em sua estreia em curta-metragem vencendo o melhor filme em cinco países e sendo selecionada para 18 festivais - incluindo Cannes.

Atualmente trabalhando na publicação de seu livro em co- autoria com Seamus McGarvey BCS, ASC cinematografo renomado em Hollywood e seu projeto LITTLE GIL que sera apresentado no MIS em 2022 em Sao Paulo.

Trabalha em seu livro "Porque Era Ela, Porque Era Ele" com advisory de Gabriel Perez Barreiro – curador da #33 Bienal de São Paulo.

Em São Paulo, abre sua produtora. Trabalhando em dois curtas metragens de sua autoria com cinematografia de Bob Wolfenson.

No momento esta finalizando seu roteiro de longa metragem “A Fabulosa Mulher Aranha” (drama /  dança) que conta a historia de sua avó materna que imigrou da Itália para São Paulo após a I Guerra Mundial.


 
http://pgelly.wix.com/pauladugelly
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